Vídeo, 7min, cor, mudo. Neste video, uma aranha é mantida no cativeiro de uma vasilha de plástico. A matéria translúcida deixa ver seus movimentos circulares, sinalizando parte do contexto de convívio forçado entre aranha e artista. Um conjunto de notas textuais pode acompanhar o vídeo, como uma espécie de diário do encontro. Fragmento: quando voltei para dentro parada de pé na sala vi uma aranha grande e castanha e reluto dizer agressiva embora isso me ocorresse como uma ponta de receio meu porque nesse momento estava imóvel ela e também eu estávamos nós duas imóveis na sala. acho que ela ficou imóvel porque me percebeu mas não sei de certeza porque quando a notei estava imóvel e ela se moveu rápida e aos saltos com três pulos eu contei para debaixo da poltrona mas só quando ele se moveu na direção dela. (...) agora está lá dentro muito encolhida. tenho medo que ela morra. ele diz que tem bastante ar para um ser tão pequeno. ela vai ficar cativa ali durante a noite. (...) se ela tivesse vindo amanhã nós não estaríamos aqui se ela tivesse entrado um pouco antes de eu entrar na sala eu não a veria se tivéssemos ido embora hoje ela estaria ilesa mas ela estava descoberta e eu entrei na sala (...) estava viva movia seu corpo dentro do espaço exíguo onde estava confinada desde ontem