Ecopoiesis: Mutação, Arte e Tecnologia, onde arte e tecnologia coevoluem para reconfigurar a relação entre humanos e natureza, a mutação emerge como um processo fundamental para a Ecopoiesis. Se a tecnologia do Antropoceno acentuou o distanciamento entre humanidade e natureza, a mutação no Ecotecnoceno propõe um retorno integrativo. Nesse novo paradigma, o design, a bioengenharia e a arte convergem para criar infraestruturas vivas. A Ecopoiesis, assim, não se limita a um ideal utópico, mas se configura como um chamado à construção contínua de mundos onde arte, natureza e tecnologia são indissociáveis.
Mais do que uma simples adaptação, a mutação envolve transformações profundas, impulsionadas pela interação entre organismos, sistemas tecnológicos e ecossistemas. A arte, enquanto prática especulativa, antecipa cenários nos quais a tecnologia não atua como uma força de dominação, mas como um meio de mediação sensível com o ambiente. Nesse sentido, a Ecopoiesis se manifesta na experimentação com formas de existência sustentáveis e autossuficientes—em que cidades, objetos e experiências digitais são concebidos como extensões de um mundo regenerativo, em oposição a modelos extrativistas.