Este projeto artístico-tecnológico investiga a complexa relação entre a crise habitacional e a proliferação de edifícios abandonados em Lisboa, confrontando essa realidade com o potencial transformador da Inteligência Artificial. Através da manipulação digital de uma fotografia de um prédio devoluto, explora-se a capacidade da IA de reimaginar e revitalizar espaços esquecidos. Inspirado pela noção de coevolução entre arte e tecnologia, o trabalho propõe uma mutação digital da ruína, onde a IA atua não como mera ferramenta, mas como extensão da sensibilidade humana, capaz de evocar a memória e o potencial latente dessas estruturas. O resultado se materializa em um GIF em loop, um pulsar visual que sugere um renascimento, uma respiração renovada para o espaço inabitado. A obra questiona a dicotomia entre o real e o artificial, o físico e o virtual, fundindo-os em uma experiência estética que culmina no encontro com o público, ressaltando que a verdadeira revitalização dos espaços reside na sua reconexão com a vida humana. A apresentação online consistirá no link para o GIF e esta descrição conceitual, técnica e contextual.